domingo, 20 de outubro de 2019


O que aprendi no PEAD


 Outro texto que me chamou atenção na disciplina de Metodologia de Pesquisa  foi "O que aprendi com o PEAD: notas de uma experiência", me oportunizou uma reflexão sobre “o que eu, Tais, aprendi com o PEAD?”. Acredito que aprendi muito, não teria como escrever aqui tudo que aprendi nesses 4 anos de PEAD. Foram desde conteúdos das interdisciplinas até como escrever uma mensagem e não ser mal interpretada, como conseguir ser mais afetiva utilizando as tecnologias, ter mais empatia, chegar mais próximo das alunas mesmo distante fisicamente. Buscar mostrar que, como tutora, estamos ao lado delas para construir uma rede de aprendizagem e não para puni-las ou cobrar prazos.  Nós queremos que elas cresçam e se qualifiquem como profissionais, mesmo que para isso precisamos pedir que elas reescrevam ou refaçam leituras e atividades, pois, apesar de cansativo e dispendioso o refazer contribuirá para aprimorar a profissional que elas serão nas escolas. As atividades de escrita e de produção de reflexões individuais e coletivas também auxiliam na construção de sua autoria e no compartilhamento de ideias e experiências com todos envolvidos no curso. Fazer parte do PEAD foi uma experiência única e estou certa de que auxilou na minha qualificação profissional, assim como,  eu também pude contribuir na qualificação de colegas de profissão que lutam por uma educação de qualidade. 



domingo, 15 de setembro de 2019



Desafios da escrita acadêmica

Outra leitura que me permitiu ter um olhar mais sensível para a escrita das alunas do PEAD foi o texto "ORIENTAÇÕES NO PROEJA" da prof Tania Marques. O texto aborda situações encontradas na orientação de TCC’s como a dificuldade de delimitar objetivos de pesquisa, erros gramaticais, falta de conhecimento das regras da ABNT, plágio ou falta de referência dos autores, dificuldades de escrita com prazos curtos e a dificuldade de diferenciar a metodologia de uma pesquisa para a metodologia de um projeto de estágio. Estes aspectos também foram identificados por mim na orientação de TCC’s do PEAD e vejo isso como uma falha também no curso, pois em nenhum momento as alunas tiveram uma disciplina de metodologia de pesquisa ou aulas sobre normas de ABNT. Apesar de que, na academia, se espera um texto bem escrito, para essas alunas há que que se considerar a pesada jornada de trabalho delas, o tempo  que elas estão afastadas da produção escrita e a falta de instrumentos oferecidos na jornada acadêmica.


terça-feira, 10 de setembro de 2019


Como auxiliar as alunas no desafio da escrita

A disciplina de Metodologia de Pesquisa nos oportunizou muitas aprendizagens sobre a forma adequada de fazer um trabalho acadêmico. Dentre as leituras realizadas destaco o texto  "Como enfrentar a síndrome da folha em branco" de Tomaz Tadeu da Silva. Após a leitura do texto fiquei pensando o quanto deveria ter lido este texto antes de 2019/1, ou seja, antes de iniciar a orientação com as alunas do PEAD, acredito que teria conseguido ajudar mais as alunas nesse processo de escrita.  O texto apresenta dicas de como organizar-se e iniciar uma escrita acadêmica. Enquanto tutoras e acadêmicas nós também temos desafios na construção de um texto, seja na hora de dar feedbacks nos textos ou mesmo dialogar com as alunas para ajudar na construção dos aprendizados e produção da escrita delas. Especificamente no PEAD temos alunas retomaram seus estudos que há muitos anos foram deixados de lado, essas alunas apresentam dificuldades de escrita tanto na parte de coerência quanto gramatical e quando chegou o momento de escrita do TCC elas se depararam com a exigência de uma escrita científica e muitas tiveram dificuldades de enfrentar esse desafio. Como tutora, tentei auxiliar utilizando a pedagogia da pergunta e me colocando ao lado delas para pensarmos juntas em como poderíamos responder a questão central através de evidências, reflexões e constatações teóricas. Algumas alunas apresentaram dificuldades e não conseguiram prosseguir em suas escritas e deixaram para fazer o TCC no segundo semestre de 2019. Para essas consegui elaborar um e-mail com dicas do texto como por exemplo, "não espere escrever apenas quando tiver a forma perfeita na sua cabeça", o autor afirma que devemos escrever no jeito que conseguimos e depois vamos relendo e melhorando a escrita. Outra dica é "Não procure pretextos para não escrever", segundo ao autor na falta de ideias para escrever sobram ideias para fazer outras coisas, então, organize-se para ter um momento para ler e escrever. 

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Percepções das Visitas nas Escolas




A primeira visita presencial nas escolas foi muito boa para conhecer a realidade das escolas e especificidades de cada uma das estagiárias. Encontramos realidades bem difíceis: alunos de inclusão sem apoio, escolas com infraestrutura de uma casa adaptada, escolas com paredes sujas e depredadas, escolas desorganizadas e com espaços restritos, enfim encontramos espaços de formação que não são incentivadores de aprendizagens. 

Na interação com os alunos, observamos que poucas alunas ainda atuam com modelo pedagógico pouco relacional. Algumas estagiárias não dialogavam muito com alunos, deixando-os fazer como queriam, sem fazer intervenções pontuais. Sugerimos para essas estagiárias procurar interagir mais com os alunos, indagando sobre suas hipóteses e buscando mostrar diferentes possibilidades na resolução de situações que os desafiam. 

Na atuação pedagógica das alunas, observamos que algumas estão procurando fazer inovações pedagógicas propondo atividades mais lúdicas que envolvem os alunos e os tornam mais colaborativos. Algumas alunas ainda estão trabalhando com folhas prontas e atividades retiradas de livros didáticos, o que gerava uma série de atividades fragmentadas e descontextualizadas. Na direção de qualificar a atuação pedagógica das estagiárias foi sugerido promover atividades que tenham uma continuidade e estejam engajadas no projeto proposto, nas quais os alunos sejam autores e sintam sua criatividade e produção serem incentivadas. 

Outro aspecto observado foi a falta de valorização das produções dos alunos, em poucas salas os trabalhos estavam expostos. Nesse sentido, foi sugerido melhorar na exposição do trabalho dos alunos na sala de aula e pela escola para valorizar a produção dos alunos. Também foi proposto pensar em uma produção dos alunos para o final do projeto: exemplo, caixa de jogos, álbum de jogos, maquete, livro de histórias. 

Os comentários e sugestões foram bem aceitos pelas estagiárias. Vamos ver como será o desenvolvimento a partir dessa conversa.

"Avaliação é um ato permanente em nossas vidas" - Jussara Hoffmann



Hoffmann afirma que avaliação é, fundamentalmente, acompanhamento do desenvolvimento do aluno no processo de construção do conhecimento. Isso pressupõe a existência de uma relação de confiança entre professor e aluno em que ambos possam manifestar seus argumentos no desenvolvimento do processo de aquisição de aprendizagens. 
Segundo a autora, a reflexão do professor sobre seus próprios posicionamentos metodológicos, na elaboração de questões e na análise de respostas dos alunos deve ter sempre um caráter dinâmico. Ou seja, o professor precisa estar sempre se avaliando, se questionando se suas propostas estão sendo efetivas para a aprendizagem dos alunos. Na minha atuação como tutora, muitas vezes fico me perguntando se estou fazendo ações que auxiliam as alunas na sua prática, em alguns momentos faço mais questionamentos em outros procuro incentivar ou dar sugestões e orientações, sempre procurando avaliar se estou de fato contribuindo na formação das alunas.
Ainda segundo Jussara Hoffmann, para o professor, o ato de avaliar, é o modo de que dispõe para escutar, pensar sobre o seu fazer diário. Foi nessa direção que na aula presencial de 13/11, foi feita uma conversa com as alunas-professoras sobre o estágio. Alguns questionamentos foram feitos, tais como: O que estás encontrando de bom? O que notaste de diferente? Achas que está se sentindo mais segura nas práticas pedagógicas? Por que motivo?  Quais conquistas alcançaste no estágio? 
A partir destes questionamentos dois depoimentos das alunas Lucimar e Diulianis foram especialmente importantes para mim, funcionaram como um feedback positivo sobre minhas intervenções no desenvolvimento das alunas. 
A estagiária Lucimar relatou que após a sugestão da tutora de oportunizar momentos de leitura que os alunos pudessem manipular os livros e que eles escolhessem a leitura a ser realizada e lessem as imagens, a estagiária começou a oportunizar esses espaços de leitura para os alunos e percebeu que os alunos estão mais participativos e mais protagonistas da sua aprendizagem de leitura. 
A estagiária Diulianis relatou que a partir da sugestão da tutora em deixar os alunos sentados em duplas, percebeu que os alunos estão mais colaborativos, melhorando sua interação e produção nas atividades. 
Esses relatos contribuíram para a reflexão sobre minha atuação profissional, pois pude perceber que as intervenções e sugestões feitas às alunas tem efeitos nas suas aprendizagens e que elas estão levando isso para a qualificação profissional delas. 







Segundo Jorba e Sanmartí (2003) existem 3 modalidades de avaliação mais utilizadas:

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL - tem como principal objetivo determinar a situação de cada aluno antes de iniciar um determinado processo de ensino e aprendizagem, para poder adaptar as estratégias e metodologias pedagógicas à necessidades do aluno.


AVALIAÇÃO FORMATIVA - se refere aos procedimentos utilizados pelos professores para adaptar seu processo didático aos progressos e necessidades de aprendizagem observada em seus alunos. A aprendizagem é considerada como um processo por meio do qual o aluno vai reestruturando seu conhecimento a partir das atividades que executa. 

AVALIAÇÃO SOMATIVA -  tem como objetivo fornecer os resultados obtidos ao final de um processo de ensino-aprendizagem de modo a assegurar que as características dos estudantes respondam às exigências do sistema educacional. É feita através de coleta de informações e a elaboração de instrumentos que possibilitam medir os conhecimentos a serem avaliados. 

Na minha concepção a avaliação no PEAD a avaliação é formativa na medida em que há um acompanhamento do processo de aprendizagem das alunas a fim de promover sempre níveis maiores de consciências sobre suas capacidades cognitivas. No PEAD o professores/tutores trabalham em parceria com as alunas na tentativa de fazer com que elas elaborem seu conhecimento, procurando desenvolver formas em que as alunas-professoras possam aplicar esse conhecimento na sua prática docente.
Me questiono se a avaliação no PEAD poderia ser considerada também colaborativa, pois as alunas participam do processo de aprendizagem uma das outras através de comentários e questionamentos buscando provocar a reflexão de maneira crítica das vivências de suas colegas. 



Mediação Pedagógica utilizando a ferramenta Mapa Conceitual

Na interdisciplina Tutoria em EAD: ambientes digitais e suas ferramentas fomos desafiados a construir, em duplas, um mapa conceitual sobre a metodologia utilizada no PEAD. Nunca havia trabalhado com o Cmap Tools online, eu tinha experiência com o Mind Map, mas a ferramenta é bem interessante para ser explorada e possibilita a elaboração de várias possíveis relações.

Mapa Conceitual 1 - Realizado na aula do dia 26/10 por  Tais e Josele.


Após a apresentação para o grupo na aula, as professoras questionaram: de que forma são feitas as estratégias de problematização e apoio a reconstrução e qual a ordem dos fatores entre a mediação e a proposta interacionista, qual é possibilitadora de qual?
Então, refizemos o mapa conceitual em 16/11 após as sugestões dadas na aula do dia 26/10 pelas Professoras Simone Bica e Mariângela.






Os questionamentos feitos permitiram avançar nas relações previamente elaboradas e reorganizar as ideias colocadas de modo a deixar mais claro como funcionam as ações de tutoria no PEAD.